1. Desde jovem tens sido acompanhado por Fisioterapeutas. Porque fizeste essa escolha? Tenho sido sempre acompanhado por fisioterapeutas ao longo da minha carreira. Apesar de não ser uma escolha apenas dos atletas, julgo que o contributo dos fisioterapeutas é decisivo nas várias àreas do treino e da saúde dos atletas.
2. Até que ponto achas importante para um atleta contar com os serviços de um fisioterapeuta?
É muito importante. Ao nível de cuidados relacionados com a saúde do atleta, o fisioterapeuta tem um papel preponderante, visto que é um elemento activo tanto na recuperação como na prevenção de lesões. Depois, consoante a disponibilidade demonstrada pelos elementos das equipas técnicas, os fisioterapeutas podem ainda ter algum relevo no treino propriamente dito, de forma a tornar os atletas mais resistentes a qualquer tipo de lesões ou problemas físicos.
3. Para renderes o máximo o teu estado físico deve encontrar-se a 100%. De que forma um fisioterapeuta contribui para isso? Qual a sua relevância?
Penso que o papel do fisioterapeuta é bastante relevante, nomeadamente quando os atletas se encontram em recuperação de lesões. Além do aspecto físico, o fisioterapeuta deve desenvolver um trabalho a nível psicológico e de motivação, de forma a que o atleta se sinta confiante durante a recuperação e sem receios quando recomeça a competir.
4. Consideras que um fisioterapeuta só cuida do atleta quando este está lesionado?
Como referi anteriormente, o trabalho do fisioterapeuta deve ir além dos períodos em que o atleta está lesionado, visto que o trabalho de prevenção é decisivo.
5. Com que frequência recebes tratamentos/cuidados do teu Fisioterapeuta?
Recorro algumas vezes ao fisioterapeuta, e para isso não é preciso estar necessariamente lesionado. Muitas vezes solicito alguns exercícios que me permitam estar mais disponivel, quer nos treinos quer nos jogos.
6. Destacas algum momento da tua carreira em que o trabalho de um fisioterapeuta tenha sido crucial?Tive uma lesão no pé (5º metatarso) que me manteve longe do campo cerca de um ano. Nessa etapa da minha carreira, o papel do meu fisioterapeuta foi decisivo, tanto na minha recuperação física, como psicológica. Não nos podemos esquecer que nesses períodos os fisioterapeutas são as pessoas que mais tempo passam com os atletas, daí que o seu papel seja decisivo em todos os campos.
7. Muitos clubes, principalmente na formação, contratam profissionais sem formação em reabilitação (por exemplo massagista) para prestar cuidados de saúde. Que mensagem transmitirias a esses jovens?
Não é uma situação positiva, e nesses casos, os atletas em conjunto com os pais e com os treinadores, devem recorrer a fisioterapeutas, pois a saúde dos jovens atletas deve vir em primeiro lugar.
8. Qual a tua opinião sobre a reabilitação de atletas ser realizado por pessoas sem formação para tal?
É negativo, pois não podemos menosprezar a formação dos profissionais de saúde. Os fisioterapeutas são formados para reabilitar (e não só) os atletas e as pessoas de uma forma geral e é isso que devem fazer. Tal como os médicos e os enfermeiros são importantes nas suas respectivas áreas.
9. Que conselhos dás aos mais jovens para um dia cheguem ao teu nível?
Acima tudo que façam aquilo que gostam e nunca baixem os braços. Uma pessoa quando faz aquilo que gosta e dá o seu máximo tem grandes probabilidades de ser bem sucedida, como tal julgo que estes são os primeiros passos.
10. Caso se lesionem. Que recomendações lhes darias?
Muita paciência, e não querer encurtar prazos de recuperação. É normal que os atletas pensem no regresso a partir do momento que se lesionam, mas para que isso aconteça sem percalços, devem seguir atentamente as instruções e conselhos dos médicos e fisioterapeutas que os acompanham.
RUI VELOSO NO 1º TESTEMUNHO AO GRUPO FISIOJOVEM
IKER CASILLAS E O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA SUA CARREIRA
