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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Terapeuta! Faço Gelo ou Calor?

Esta é uma excelente questão e já me foi colocada dezenas de vezes.
Antes de se optar por uma destas medidas terapêuticas é fundamental identificar o tipo de lesão. Sem me alongar muito quanto aos vários tipos de lesão existentes (talvez num próximo post) vamos centrar-nos nas lesões traumáticas. Na sequência deste tipo de lesões, geralmente, decorre um processo inflamatório caracterizado por 4 sinais específicos: Edema, calor, rubor e dor. Nesta situação o gelo deverá ser aplicado o mais cedo possível, visando a diminuição da temperatura, do aporte sanguíneo, provocando vaso-constrição e  algum efeito analgésico. O gelo será aplicado com uma pressão adicional (uso de ligadura) e por um período de 20 minutos, nunca superior. Este processo deverá ser repetido a cada duas horas e nunca com um intervalo de tempo inferior. A aplicação de gelo ocorre na fase aguda (primeiros 3 a 5 dias) de lesões traumáticas, no entanto, poderá ser utilizado em lesões crónicas após exercício, controlando assim possível edema residual.
Existem algumas alternativas na aplicação de gelo como é o caso do banho de imersão ou a aplicação de gelo dinâmico.

Os principais efeitos da aplicação de calor prendem-se com o relaxamento dos tecidos, aumento da elasticidade dos mesmos, aumento do aporte sanguíneo e da temperatura. Mediante isto esta abordagem deverá ter lugar em situações crónicas, de aumento de rigidez muscular (contractura) e articular.
Este técnica deve ser aplicada por períodos de 15 a 20 minutos. Existem no mercado umas almofadas de gel para este efeito mas também se poderá utilizar o tradicional saco de agua quente.

Em ambos os casos atenção para as pessoas com alterações de sensibilidade superficial. Tanto o gelo como o calor podem provocar queimaduras graves. A utilização de toalhas é indicada, evitando assim o contacto directo com a pele.



Fisiot. Miguel Estêvão

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